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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

ATIVIDADE - Análise de Texto Informativo


CASTRO ALVES E AS PALAVRAS

Cada artista usa os materiais próprios da sua arte para criar. O pintor usa as tintas, o cineasta usa o filme, o poeta usa as palavras. O poeta pode usar as palavras como brinquedos, para criar coisas belas, e como armas, para lutar pelas coisas que ele acha certas.
Há 150 anos, em 14 de março de 1847, nasceu na Bahia um dos mais importantes poetas brasileiros: Castro Alves. Ele não usava as palavras para brincar. Castro Alves fazia poemas lindos, mas fortes e impressionantes, porque ele sabia usar as palavras para mostrar o que era injusto e precisava mudar.
Na época em que Castro Alves viveu, ainda havia escravos no Brasil. Ele via e sentia que isso precisava mudar. Usou as palavras para compor poemas e defender a liberdade de todos e acabar com a escravidão no Brasil.
Castro Alves ficou conhecido como “O Poeta dos Escravos”, e seus poemas mais conhecidos sobre a escravidão são “Vozes d’África” e “O Navio Negreiro”. Este é um longo poema em que ele descreve a situação dos negros nos porões do navio, quando eram transportados como carga da África para o Brasil.
Castro Alves usa as palavras para protestar contra o sofrimento dos escravos. Mas sua poesia não era só sobre esse tema. Como todos os poetas, ele amava os livros, a natureza, a beleza feminina, a liberdade e a justiça. Outras poesias de Castro Alves falam do poeta como sonhador, viajante, aventureiro. Porque a pátria do poeta é o reino das palavras. Por meio delas realiza suas aventuras.

Evelina Hoise


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domingo, 11 de setembro de 2011

ATIVIDADE - Análise de texto (Reportagem)

PIRATARIA

Nike manda destruir 45 mil pares de tênis falsificados

Marcelo Billi

Cerca de 45 mil pares de tênis começaram a ser destruídos ontem pela Receita no Rio de Janeiro. Os produtos, falsificações da marca Nike, foram apreendidos no porto da cidade. A destruição foi solicitada pela empresa.
Segundo Carlos Eugênio Seiblitz, inspetor substituto da alfândega do porto do Rio de Janeiro, existem 80 mil pares de tênis apreendidos. Cerca de 75 mil são da marca Nike.
Ele explica que existem quatro destinos para bens apreendidos na alfândega: leilão, doação, incorporação para uso do Estado e destruição. No caso de falsificação, a doação preci­sa ser autorizada pelo detentor da marca.
Segundo Katia Gianone, gerente de comunicação da Nike, a empresa opta pela destruição para garantir a qualidade dos produtos comprados pelo consumidor e para proteger a marca.
Ela afirmou que a empresa tem programas, de auxílio à comunidade que não se misturam com o combate à pirataria. "Quando decidimos doar produtos, eles são originais", disse. Os tênis falsificados estão sendo des­truídos por máquina comprada pela empresa especialmente para esse fim.
A Nike estima que entrem todo ano no mercado brasileiro l milhão de pares de tênis falsificados. Segundo Katia, a estimativa é que a empresa deixa de faturar, no Brasil, por cau­sa da pirataria com seus produtos, R$ 50 milhões todo ano.
Outra empresa que enfrenta pro­blemas com pirataria é a Mattel, que importa a boneca Barbie. Segundo Cristina Lara, gerente de produto da empresa, são vendidas, todo ano, no Brasil, aproximadamente 1,5 milhão de bonecas falsificadas. O número é idêntico ao de bonecas originais ven­didas no mercado brasileiro.
Cristina afirma que a pirataria de bonecas gera um prejuízo estimado em US$ 10 milhões para a empresa. “Isso não contabiliza a falsificação de outros itens, como roupas e acessórios”, diz.
Ela afirmou que a empresa não tem programas específicos de combate à pirataria. “Estamos apenas há dois anos no Brasil e só descobrimos as falsificações quando elas chegam ao mercado. Nao encontramos ainda um meio eficiente para combater a pirataria”, afirmou Cristina.

(Folha de São Paulo, Caderno Dinheiro, São Paulo, 9 ago. 2000)


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